PRIMEIRO MANIFESTO
CÍVICO
CIDADE DO PORTO, Ano de 2015 –
ÍNDICE
DOCUMENTO BÁSICO:
Doutrina da
Cidadania Social
1ª. Parte: - Traços Gerais.
2ª. Parte: - Princípios Estatutários.
Fundadores
E Organizadores:
Joaquim Paulo
Silva -
joaquimpsilva230@gmail.com
DOCUMENTO BÁSICO
A Cidadania Social
A
Doutrina do Quinto Império
TRAÇOS
GERAIS
A História tem-nos ensinado que regra
geral a conquista do “poder” tem sido feita pela força das
armas e, quando na ausência destas pela ação subversiva. Agora, a nova arma da
conquista daquele mesmo poder chama-se Economia e Finanças e é através
dele que os poderosos deste mundo pretendem manter e conquistar novos domínios,
impondo-se e explorando todos aqueles que lhes sejam mais fracos, sejam
pessoas, instituições ou países e na atualidade esse poder materializa-se nos “mercados
financeiros” representados pelas chamadas “agências de notação financeira”.
De facto é através destes mesmas agências que os especuladores financeiros
procuram estabelecer o seu domínio!
A Humanidade tem necessidade urgente
de se fazer representar por líderes e governantes que sejam ativos,
empreendedores e enérgicos na defesa dos interesses sociais e económicos das
populações que governam, mas infelizmente essas mesmas entidades estão
escasseando e os que estão no poder mostrando-se esquivos, hesitantes e pouco
esclarecidos e com falta de vontade de lutar contra o domínio especulativo
crescente que se vai irradiando, principalmente por intermédio das
chamadas empresas ou grupos multinacionais que começam a
cobrir a superfície terrestre e estendendo tais como um polvo os seus ávidos
tentáculos sugando a riqueza das nações!
Agora no Século XXI, o combate a travar
contra os gananciosos, diríamos antes: contra os quatro cavaleiros bíblicos do
Apocalipse da era atual que são os negociantes de armas; os agentes do
terrorismo; os traficantes de drogas e finalmente os mais perniciosos e subtis
de todos – os especuladores financeiros!
Ora! Se atualmente a grande ambição
humana está na sua vivência material, sendo consequentemente os valores
materiais que predominam surgindo como um autêntico deus o chamado vil
metal (o ouro) que por sua vez se irá transformar num novo deus,
O deus dinheiro, sendo efetivamente a
conquista do poder, do prestígio e da riqueza e no mando que a maioria dos
dirigentes (daqueles que são efetivamente os responsáveis pela vida e destino
de milhões e milhões de seres humanos, orientando toda a sua atenção e esforços
para o reforço crescente do materialismo reinante nas sociedades
atuais, nomeadamente na Europa, principal impulsionadora da
civilização no mundo, mas geradora de duas correntes do mesmo materialismo
que são: - o capitalismo e o comunismo!
No plano científico/espiritualista está
hoje já comprovado de que A MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA e que a
VIDA
EXISTE FORA DA MATÉRIA! Sabemos que tal realidade pode ser comprovada
cientificamente e que a Humanidade é observada por um número
incontável de entidades que na Terra já viveram em corpo físico.
Na realidade o planeta Terra detém duas humanidades, mas o que é mais
surpreendente e lamentável é que uma humanidade desconhece a existência da
outra!
O ser humano passa por sucessivas transformações
na matéria orgânica de que é formado o seu corpo físico e por evoluções
por parte da outra componente que é o espírito ou alma.
Enquanto o ser humano não se conhecer
na sua composição física, psíquica e espiritual de forma ávida
e incansável estará na sua curta existência física a correr atrás das riquezas,
dos gozos e dos faustos que a ilusão da matéria lhe vai proporcionando, mas
quando se dá o desenlace com o fenómeno chamado morte tudo fica na Terra,
riquezas, poder, prestigio levando apenas consigo os seus atributos espirituais que
foi desenvolvendo ao longo de sucessivas reencarnações!
É nesta escola que é o mundo
Terra que temos a oportunidade de desenvolver esses mesmos atributos que são: -
a força
de vontade, a disciplina, a capacidade de reflexão, o amor, a
amizade, a honestidade, o valor moral, o trabalho, a solidariedade e
tantas outras capacidades ou qualidades da alma humana!
O nosso grande Luiz de Camões tinha o
conhecimento intuitivo da realidade de que a morte não interrompe a VIDA e
revela-se nos Lusíadas – Canto I – 2 que transcrevemos:
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A fé, o Império, e as terras
viciosas
De África e de Ásia andaram
devastando;
E
aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a
tanto me ajudar o engenho e arte.
O ilustre Professor Catedrático da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos,
no seu interessante livro - “ Portugal – Ensaio contra
a Autoflagelação, a dado trecho nos diz:
. Segundo a redução do bem-estar ao
bem-estar material, baseado no consumo de bens disponíveis no mercado, deixa de
lado muitas dimensões da vida (a espiritualidade, o cuidado, a solidariedade,
os valores éticos) essenciais ao florescimento humano. Soa hoje menos absurda
ou exótica a iniciativa de pequeno país budista entalado nos Himalaias, Butão,
que, em 1972, decidiu criar UM ÍNDICE DE FELICIDADE INTERNA BRUTA (por analogia
com o Produto Interno Bruto) para medir o desenvolvimento humano com base nos
valores da sua cultura. “
Nos países de grande desenvolvimento
tecnológico no Ocidente, a filosofia social do bem-estar
do indivíduo tem vindo rapidamente a decair, isto devido ao sistemático
e progressivo aumento do referido desenvolvimento tragicamente acompanhado por
uma crescente degradação dos verdadeiros valores morais, históricos e culturais
que definem e formam uma nação na sua célula mais representativa que é a Família!
O materialismo grassa de uma forma assustadora
levando o ser humano a uma voraz procura do consumismo crescentemente
incentivado pelas mais avançadas técnicas de publicidade fortemente apoiadas
pelos diferentes e diversos agrupamentos e interesses económicos!
Pergunta-se: - Como sair
desta situação? Efetivamente o Professor Boaventura de Sousa
Santos, na sua já citada obra, avança com interessantes soluções,
dignas de serem estudadas porque elas apontam para perspetivas completamente
novas, onde conceitos como: - Democratizar a Democracia; Descolonizar e
desmercadorizar são princípios absolutamente válidos para uma reflexão
e desenvolvimento profundos.
O pensamento do Professor
Boaventura Santos está perfeitamente em consonância com os
conhecimentos espiritualistas mais avançados que apontam para realidade
espiritual do ser humano e que justificam plenamente uma alteração drástica
perante os grandes, graves e dramáticos problemas quando nos referimos às
consequências originadas pelas economias consumistas que estão delapidando
rapidamente os recursos naturais do planeta que são limitados e que a espécie
humana está consumindo, daí a plena justificação de uma Acão ecológica a nível
global que urgentemente terá de ser implementada!
Com base nos
princípios desenvolvidos pelo já citado e ilustre investigador Boaventura
de Sousa Santos, as democracias quer a representativa quer a participativa
terão que vir a ter uma Acão mutuamente conjugada e tendo como sustentação os
princípios representados pelo Humanismo e pelo Universalismo que
dando origem a uma nova ideologia materializada numa doutrina reforçada com
fundamentos da filosofia cooperativista de António Sérgio, poderão servir de
fonte de inspiração para um mais amplo desenvolvimento do conceito de cidadania que
numa composição de alquimia semântica nos
poderá levar a uma nova fórmula de CIDADANIA SOCIAL, onde os
tradicionais partidos políticos perdem grande parte da sua expressão dando
lugar a um novo estatuto em que o cidadão comum assumirá uma maior e
mais direta responsabilidade social, caracterizando-se e distinguindo-se
pelos seus atributos que são: -
1 - A Força de Vontade;
2 - A Consciência de si mesmo;
3 - A Capacidade de percepção;
4 - O Poder do Raciocínio;
5 - A Faculdade de Concepção;
6 - O Equilíbrio Mental;
7 - A Lógica;
8 - O Domínio de si mesmo;
9 - A Sensibilidade;
10 - A firmeza de Carácter
São estes, pois, os
atributos do cidadão, atributos que serão desenvolvidos ao longo das suas sucessivas
reencarnações em corpo físico na aprendizagem nesta Escola
a que chamamos planeta Terra, contudo, tal aprendizagem terá as suas bases
através da Educação dos Jovens, mas para isso torna-se absolutamente
necessário que a célula chamada FAMÍLIA, se mantenha sempre íntegra
na sua grande missão em formar espíritos que no futuro virão a ser homens e
mulheres de grande valor social, intelectual e espiritual dando origem à
formação de uma nova sociedade, onde o factor espiritualidade será
sempre uma expressão comum!
Surge a necessidade
premente de em Portugal ser criada de uma nova doutrina de cariz ideológico
que envolva simultaneamente princípios político/económicos de base
espiritualista, onde o factor cidadania assume uma importância
relevante e nomeadamente no que toca a uma nova divisão da sociedade que
passaria pelo seguinte enquadramento social: -
1 - Cidadãos Infantes;
2 - Cidadãos Estudantes;
3 - Cidadãos Obreiros;
4 - Cidadãos Conselheiros.
Em conformidade com
os princípios desenvolvidos pelo ilustre investigador francês, Henri
Durville,
autor do interessante livro - “A Ciência Secreta” 1926
– Editora Pensamento, referia-se aos ciclos de vida do ser humano que
são: a
infância; a juventude; a maturidade e a velhice que por sua vez
correspondem às quatro estações do ano – Primavera; Verão; Outono e Inverno!
Será importante aqui
salientar a enorme importância que as gerações representadas pelas pessoas
idosas a que nós achámos por bem designar – Os Cidadãos Conselheiros – o
4º. Ciclo da vida humana – a velhice e que corresponde ao Inverno,
irá ter nas futuras sociedades do Século XXI, envolvendo uma Acão
verdadeiramente determinante para a futura evolução do ser humano no
planeta Terra!
Agora, no Século
XXI, já dispomos de conhecimentos de base científica que nos vão permitir ter
uma compreensão mais consciente do mecanismo das leis naturais e que nós seres
humanos no plano físico devemos procurar um maior equilíbrio do nosso
relacionamento com a Natureza, sendo portanto, certo
fazermos uma comparação entre as estações do ano e os ciclos de vida do
ser humano! Certamente que é e será sempre através do estudo
e do raciocínio que intelectual e intuitivamente iremos alcançar uma maior
evolução e portanto um conhecimento mais lúcido e direto do
porquê da nossa existência como seres vivos e da relação que temos com o próprio
Universo!
Naturalmente que na Doutrina
da Cidadania Social, serão pesquisados e desenvolvidos novos
conceitos de ordem científica que irão permitir ao
cidadão conforme já afirmámos de prosseguir no seu próprio desenvolvimento
social, intelectual e espiritual, desenvolvimento esse que irá contribuir de
forma substancial para que seja possível formar uma sociedade mais
avançada, feliz em perfeita consonância com as leis naturais e consequentemente
respeitando a própria Ação da Evolução Universal que a todos
assiste e rege!
Em termos teóricos
quando se deu a explosão primordial do “Big Bang”, uma fabulosa energia se
expandiu onde as forças centrípetas e centrífugas universais ficaram presentes
e atuantes e assim e no tempo de Isaac Newton, a metáfora para o Universo era
de um relógio. O Universo seria um mecanismo imenso com rodas dentadas e nele
se impunham leis imutáveis. Era o determinismo absoluto; entretanto, Darwin
veio a alterar tudo com a sua investigação sobre a “Origem das Espécies”. A
metáfora de Charles Darwin era exatamente a oposta! Não havia “determinismo”,
sendo tudo acaso e seleção natural. Entretanto a Mecânica Quântica veio
reforçar o papel do acaso e por isso mesmo Albert Einstein não gostava dela!
Aparentemente esta crucial questão poderia ser posta na seguinte forma: - Uma
nova metáfora poderia ser produzida, sendo descrita como: - “ um processo
universal criativo” e assim sendo todo o Universo está em evolução! Vejamos,
uma simples e pequena bolota é a base do nascimento de um carvalho que de forma
determinada vai dar origem a uma gigantesca árvore que poderá atingir os mil anos
ou mais de existência. Trata-se efetivamente de um processo criativo e assim e
comparativamente todo o Universo está em evolução, assumindo em termos de
futuro formas já determinadas, tal como a bolota do castanheiro, sendo que as
próprias leis físicas que regem o Universo evoluem dentro daquela estrutura
criativa e expansiva e aqui as leis que assistem os movimentos centrípeto e
centrífugo universais atuam de forma determinada dando origem a leis que não
são imutáveis, mas sim constantes, que na sua ação vão formando estruturas que
ao desdobrarem-se criam novas estruturas ou propriedades emergentes totalmente
novas, mas internamente coerentes entre si, teremos, portanto de concluir que
existe efetivamente um “determinismo criativo universal que assiste o Universo
na sua expansiva imensidade contido num modelo pré-embrião, tal como a bolota
do carvalho que contém em si o modelo pré-configurado de uma enorme e milenar
árvore que em conformidade com o tempo e o ambiente exterior vai tendo o seu
crescimento mais bem-sucedido ou menos, o que nos vai levar à conclusão de que
o Universo tem vindo a ter uma expansão acelerada conforme as ainda recentes
descobertas científicas dos investigadores norte-americanos, laureados com o
Prémio Nobel da Física em 2011 – Saul Perlmutter; Brian Schmidt e Adam Riesse!
Essa mesma expansão
acelerada do Universo que deu origem à existência do espaço/tempo preenchido
por seres e coisas e simultaneamente à constituição das múltiplas dimensões ou
planos onde ocorreram manifestações de formas de vida e todas detentoras de
evolução própria! Aqui poderemos concluir o seguinte: de que existe um
determinismo universal, cujo modelo é pré-existente que obedece a um “processo
criativo”. A palavra “processo” captura o facto de ele ser orientado no tempo,
do menos para o mais complexo e a palavra “criativo” reconhece que o acaso não
existe sendo possível conhecer o futuro embora este se mostre sempre com
cenários dinâmicos e alternativos em função das ações e reações que no tempo
presente vão ocorrendo!
A palavra “revolução” em termos
semânticos não poderá corresponder à nova realidade social do Século XXI
para a definição dessa nova ideologia tem de ser inventada
uma nova expressão que traduza inteiramente o significado da referida ideologia
– provavelmente será: -
“Revolucionar a Revolução”?
“Revolucionar a Revolução,” significa
revolucionar as consciências, sistemas, doutrinas e conceitos, pois é disso que
nós Portugueses
precisam, o que teria de partir do âmago de cada um de nós! Esse mesmo
aprimoramento moral e intelectual seria livre, pacífico e individual vindo a
ser adquirido pelo estudo, raciocínio, o trabalho produtivo para evitarmos o
sofrimento quando infringimos as leis naturais que regem o Universo e assim
tornarmo-nos mais esclarecidos sobre quem somos e porque existimos!
A vida de todo o cidadão comum é
simples e para a Humanidade é preciso que sejam garantidos os direitos,
obrigações e oportunidades iguais para todos com a criação de um sistema
político que permita haver justiça social, onde seja possível trabalhar para a
construção de um mundo mais justo e melhor para todos os seres humanos e esse
mesmo sistema político poderá vir a ser desenvolvido na base filosófica do Cooperativismo
do notável português que foi António Sérgio e daí poderemos vir a
concluir que o verdadeiro motor da economia está fundamentalmente concentrado
nos trabalhadores!
O velho espírito coletivo lusitano que
comandou as Descobertas e Expansão Marítimas no mundo terá que ser
despertado e o povo português terá que refletir podendo chegar à conclusão de
que as antigas, mas ainda decorrentes ideologias político/económicas estão
chegando ao seu fim e a democracia tal como é conhecida e praticada tem
igualmente os seus dias contados!
Algo tem que ser alterado. Portugal tem que ser
libertado dos grupos de corruptos nacionais e estrangeiros que infestam o
país criando situações de exploração intoleráveis e invocando falsas
razões para assim poderem espoliar e esmagarem o povo trabalhador!
Teremos de reconhecer de que o
sindicalismo português no presente tem urgente necessidade em imprimir uma nova
dinâmica face ao desenvolvimento social, político e económico dos tempos atuais
e essa mesma dinâmica passa pela aplicação prática da doutrina cooperativista!
Podemos afirmar que na realidade o verdadeiro motor da economia fundamenta-se
no trabalho e ação do trabalhador que tem nas suas mãos o verdadeiro poder
económico face à sua força de trabalho, ao seu conhecimento e experiência e daí
a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização emancipadora pela via do
cooperativismo e que já liberto da “ganância do lucro” poderá o trabalhador vir
a construir novas condições de vida, de progresso e de estabilidade e onde a economia
social virá a ser uma sólida realidade! Assim, o movimento sindicalista
português deverá chamar a si uma inovadora estratégia criando as necessárias
condições para uma mais completa formação pedagógica, técnica e tecnológica
dando ao povo trabalhador a possibilidade de formar as suas próprias empresas
cooperativas e daí conseguir-se a desejada independência, libertando-o
definitivamente da exploração do capitalismo retrógrado e ganancioso e daí
surgir a necessidade do sindicalismo português chamar a si uma nova dinâmica
inovadora `sob a sigla de um novo nome que seria – o “Sindicalismo
Cooperativo”. Eis, pois uma razão fundamental que justificará plenamente uma
reformulação da própria Constituição da República Portuguesa introduzindo um
novo regime político onde o sector privado deverá ver reduzida a sua
importância e incrementados os sectores cooperativo e público, reforçando-os
como os modelos mais adequados e a seguir em favor de um verdadeiro e natural
progresso e bem-estar sociais do Povo Português.
Conforme afirmámos inicialmente a
palavra “revolução” é insuficiente para que se defina e dê base de
sustentação à nova doutrina da cidadania social e que permita alcançar
determinados conceitos, tais como: cooperação; ecologia; espiritualidade;
disciplina; solidariedade; sobriedade; ciência; estudo; raciocínio; voluntariado;
cooperativismo; reencarnação; evolução; transformação e democracia
participativa que irão dispor de uma posição marcante na sociedade do
futuro, contudo, outros conceitos como – economia de mercado; livre iniciativa;
comercialização;
produção; industrialização, etc. Serão mantidos, mas entretanto,
passando por um rigoroso crivo onde os seus aspetos e consequências negativas
terão que ser eliminados nomeadamente o materialismo e o consumismo que terão
de dar lugar à espiritualidade e à sobriedade que serão fatores determinantes na
realidade da nova ordem económica e social nas novas sociedades do Século XXI!
Na Doutrina da Cidadania Social poderemos seguir o exemplo magnífico do povo do Butão
ao estabelecer-se igualmente um “índice de felicidade interno Bruto!”
Por outras palavras essa expressão “ Revolucionar
a Revolução” dos hábitos e formas de pensar dos Portugueses terá de
passar pelo desenvolvimento da democracia participativa, onde
organizações administrativas e políticas designadas por - Municípios, Juntas de Freguesia e
Condomínios,
passando a estar presente uma nova figura – o Bairro Administrativo e
assim como movimentos cívicos; comissões de trabalhadores; Sindicatos e
associações culturais, desportivas; científicas e de beneficência terão
que vir a ter uma maior capacidade interventiva na vida política, social
e económica do povo português!
Consequentemente a democracia participativa
terá que ter uma maior influência e ação na vida da comunidade, mas por outro
lado a democracia representativa, tal como a conhecemos hoje
continuará a desempenhar a sua missão dentro das competências que lhe são
conferidas pela Constituição da República Portuguesa, sendo no entanto
constitucionalmente adaptada à nova realidade social, onde o conceito de “lucro”
irá sofrer profundas alterações face a um maior aprofundamento e
abrangência da responsabilidade social das empresas.
Sobre a Doutrina da Cidadania Social, em
alguns dos seus fundamentos poderemos ir buscar ao pensamento filosófico de António
Sérgio poderão ser os seguintes:
Ser estabelecida uma remuneração média e desejável
para cada cidadão, mas sempre
obedecendo a princípios de equidade e que nos altos escalões sociais a
nível de governantes, dirigentes e responsáveis de empresas em qualquer sector
de atividade, as altas remunerações fossem escalonadas para níveis onde a sobriedade
estivesse presente e aí estaríamos perante uma extraordinária realidade,
realidade essa que teria profundas implicações sociais e económicas em termos
de desenvolvimento e justiça social a todos os níveis dessa futura sociedade
caracterizada pela cidadania social.
A mudança de postura dos diferentes
agentes económicos, dirigentes, governantes e responsáveis em geral seria
medida não pela crescente capacidade de aumentarem sistematicamente os seus
proventos pessoais, porque na verdade a noção de responsabilidade
não
implica ter direito a receber mais dinheiro, mas sim assumir-se como
uma entidade verdadeiramente ativa, dedicada e responsável e defendendo uma causa
comum e com capacidade de realização e validamente interveniente no
bem comum, face àquilo que representa a realidade da vida quer
no plano material e nomeadamente no plano moral sempre numa perspetiva
espiritualista da Doutrina da Cidadania Social no Século XXI.
Haverá uma mais expressiva
responsabilização por parte de cada cidadão numa sociedade que terá
características de uma verdadeira IRMANDADE respeitadora de uma
orientação e disciplina coletivas, onde os fatores espiritualidade e evolução
serão dominantes, naturalmente nunca se assumindo como comunidade religiosa e
mística, mas sim, optando por uma forma avançada de espiritualismo humanista,
universalista,
sendo racional e científico e de inspiração cristã, existindo como
forma nuclear no seu seio uma instituição denominada – Instituto Superior de Estudos
Avançados das Ciências do Homem - ISEACH que terá como disciplinas a Espiritologia
e a Educação
Científica da Vontade, associadas à analise e aprofundamento da Filosofia
Cooperativista
de António Sérgio.
Na História a experiência dela surgida
ao longo dos séculos vai-nos permitir no início do Século XXI, pensar e admitir
uma nova perspetiva sobre a viabilidade de um novo movimento cívico
fundamentado na História de Portugal e na sua cultura filosófico/espiritualista.
Tal iniciativa poderia ser comparada a uma tentativa de restaurar a
histórica Ordem de Cristo, como uma grande irmandade nacional embora
sofrendo importantes alterações e obedecendo a orientações de ordem cívica,
democrática, espiritualista e científica básicas e adequadas ao novo estatuto
de cidadania social;
Temos necessidade, urgente, em
restaurar o “Espírito da nossa Ordem de Cristo” e conforme afirmámos, esse
mesmo “espírito” deverá ser materializado num movimento cívico e patriótico
onde os respetivos militantes se sintam como “soldados” na defesa do futuro da
Pátria Portuguesa consubstanciado num grande projeto para o desenvolvimento
presente e futuro de Portugal.
De facto toda a conversa que envolve o
“pseudo europeísmo” e a chamada globalização mundial” na verdade apenas tem
vindo a servir os interesses mesquinhos e egoísticos de alguns indivíduos ou
grupos organizados situados dentro e fora do país na prossecução dos seus
projetos obscuros de domínio e exploração das riquezas e recursos das nações
mais fracas e deles dependentes! De facto e em relação a Portugal temos uma
nova versão do “Quinto Império” para o Século XXI e aqui convém ressaltar a
importância atual da “Plataforma Continental Portuguesa” evitando-se a todo o
custo que a mesma se venha a transformar num novo “mapa-cor-de-rosa ”e sujeito
à cobiça doutras nações!
Torna-se evidente a necessidade de nós,
Portugueses passarmos a ter uma nova tomada de consciência clara e objetiva de
que não só somos europeus, mas igualmente “atlânticos” e que a nossa identidade
se projeta por todo o “espaço lusófono” compreendido pela Língua Portuguesa, o
qual se estende por todas as pelas diferentes regiões do mundo e confirmando-se
a sua realidade histórica.
Os seus militantes terão por base um código
de conduta cívico que irá obedecer a elevados padrões morais. Por outro
lado esse mesmo Código de Conduta Cívico irá igualmente obedecer a uma
metodologia pedagógica própria e com vista à correção de defeitos, e maus hábitos
que regra geral estão presentes no carácter de uma pessoa ignorante ou nada
esclarecida ou pouco evoluída, ajudando de forma gradual todas essas mesmas
pessoas a alcançarem um novo estatuto moral e social.
Será criado um novo modelo
económico/político consentâneo com os desígnios nacionais, estando o sistema
de economia de mercado sujeitos a novas regras, onde o conceito do TER
(lucro) virá a ter uma novo posicionamento que será equitativo
valorizando-se efetivamente o conceito de COOPERAR!
Cooperar, significa uma mudança importante no comportamento
humano em termos de relações sociais e em conformidade com o ilustre
investigador, jurista e docente da Faculdade de Economia de Coimbra, Professor
Rui Namorado, na sua importante e interessante obra – “Horizonte
Cooperativo” – Almedina – ano 2001, passaremos a transcrever a seguinte
passagem sobre a dinâmica do Cooperativismo: -
“. A vocação das cooperativas para serem
fatores positivos do desenvolvimento social e humano revela-se especialmente em
três aspetos.
Em primeiro lugar, o movimento
cooperativo tem vindo a assumir um protagonismo crescente na defesa do
equilíbrio ecológico, surgindo as cooperativas como um tipo de organização
naturalmente harmonizável com os imperativos da proteção ambiental.
Em segundo lugar, as cooperativas têm-se
vindo a revelar como fatores de grande importância nos processos de
desenvolvimento local, quer quando está em causa o desenvolvimento rural, quer
quando é de uma qualificação humana de que se trata
Por último as cooperativas dispõem de virtualidades
evidentes no campo do emprego, com uma flexibilidade suficiente para comportar
uma lógica nova na organização do trabalho. Uma lógica que possa tender para
uma sociedade onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos, de modo, a
poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de cidadania”.
No pensamento que
tem acompanhado o desenvolvimento do MCPC na sua estrutura base ao ser-lhe
introduzidos novos conceitos ou novas ideias! Numa perspetiva geoestratégica
novas linhas de orientação estão sendo imprimidas e que compreenderão quatro
fases de orientação, tais como:
1ª. Fase - Será o envolvimento do MCPC na defesa e orientação política dos mais de 400.000 portugueses desempregados de longa duração;
1ª. Fase - Será o envolvimento do MCPC na defesa e orientação política dos mais de 400.000 portugueses desempregados de longa duração;
2ª. Fase - A defesa e
orientação de mais de dois terços da população portuguesa encaminhando-a para
um novo regime político/económico que será caracterizado pela implementação do
Cooperativismo numa perspetiva generalista e compreendendo simultaneamente a
dinamização do setor sindicalista, envolvendo-o numa nova dinâmica que
compreenderá o sindicalismo cooperativo;
3ª. Fase - Realizada a
experiência portuguesa, essa mesma experiência poderá ser extensiva aos países
de expressão oficial portuguesa e com especial destaque os seguintes países:
Angola; Cabo Verde; Moçambique; Timor.
O Brasil e
Macau serão uma exceção, principalmente o Brasil onde o cooperativismo está bem
implantado;
4ª. Fase - Assim sendo
e verificado o sucesso em Portugal e nos países de expressão oficial portuguesa
quanto ao cooperativismo generalista e ao sindicalismo cooperativo, poderá
Portugal como nação orientadora e apoiante estender a sua ação a diferentes
países no mundo que venham a solicitar a cooperação portuguesa.
Por outras palavras: - o ser
humano passará a viver as duas vidas – a material e a espiritual
plenamente equilibradas entre si, trabalhando em benefício da sua coletividade
e valorizando-se nos planos social, intelectual e espiritual.
Não será a social-democracia; o socialismo
democrático e muito menos o neoliberalismo passando pelo comunismo
que irão vingar nessa nova ordem económica e social,
realçando-se no entanto a importância na implementação de um regime
de voluntariado sério e avançado e assim como na prática de um
cooperativismo de inspiração sergiana, tornando possível a existência
de uma via alternativa que irá dispor da seguinte base:
Científico/Espiritualista predominante no viver de cada militante,
salvaguardando-se sempre a liberdade da economia de mercado integrada num capitalismo
social, onde a livre iniciativa e a criatividade
terão uma missão importante a par do desenvolvimento da espiritualidade humana
como elemento-chave na nova civilização do Século XXI.
A Doutrina da Cidadania Social, agora iniciada a sua implementação e segundo a nossa
perspetiva terá de ter na sua “essência” o espírito de “cruzada”,
o que na prática significará a elaboração global de um projeto de convergência
de todas as forças vivas e produtivas nacionais para a viabilização de uma economia
autossustentável para Portugal, onde e nomeadamente nas áreas das
pescas, da agropecuária e especificamente na exploração industrial dos nossos
mares terão que ser incentivadas passando pela incrementação de um turismo e
valorização ecológica do ambiente português com o desenvolvimento da
investigação científica, no aperfeiçoamento das nossas indústrias estratégicas!
Não será demais salientar que agora no
Século XXI, o Povo Português aparentemente perdeu a sua identidade histórica,
essa mesma Identidade que formou e consolidou uma nação de quase nove
séculos de existência! A Doutrina da Cidadania Social
procurará reencontrar essa mesma Identidade que continua presente no
espírito coletivo adormecido do povo português e quem sabe se não iremos ao
encontro do pensamento de Fernando Pessoa quando no seu poema
– Mensagem
nos diz:
Quem te sagrou criou-te
português.
Do
mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se
o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.
Movimento Cívico Português para a
Cooperação
MCPC
Princípios Estatutários
1 - No seu PRIMEIRO MANIFESTO CÍVICO, o Movimento
Cívico Português Para a Cooperação – MCPC, pretende divulgar
e desenvolver uma nova doutrina que venha a libertar o Povo Português
dos condicionalismos que diferentes doutrinas de âmbito económico/político ao
longo da História da Humanidade têm vindo a limitar e a retardar a evolução de
diferentes raças, culturas e países;
2 - Desde já o M.CP.C. abdica de todas essas
doutrinas passando pelo Capitalismo e daí pelas suas diferentes
vertentes, tais como: - o Liberalismo, o Neoliberalismo, a
Social-Democracia e o próprio Socialismo dito de rosto humano ou
democrático que no decorrer da História têm vindo a demonstrar a sua ineficácia
e fracassos sociais!
3 - O M.C.P.C. Igualmente abdica de todas as
correntes ligadas ao Marxismo, esquerda e extrema-esquerda,
materializadas nos regimes comunistas e ou de raiz coletivista socialista. De
igual modo abdica das correntes político/partidárias ligadas ao
tradicionalismo, conservadorismo, doutrinas abrangentes de direita e
extrema-direita ou a qualquer ramo religioso.
4 - O M.C.P.C defende um novo regime político para Portugal
reduzindo a importância da Democracia Representativa e potenciando a Democracia Participativa ao
reformular-se a Constituição e onde ficarão estabelecidos quais os sectores que
deverão estar presentes nas atividades gerais dos Portugueses valorizando
especificamente duas áreas: – o sector público e o sector cooperativo.
5 - O M.C.P.C. considera que o
Capitalismo em todas as suas formas na exploração e obtenção do “lucro” é
definitivamente nefasto para o cidadão comum e para o povo trabalhador sempre
sujeitos ao mau arbítrio dos poderosos e das elites privilegiadas que defendem e
se servem de uma falsa democracia para iludirem e explorarem à custa do
sofrimento e do trabalho daqueles que para eles trabalham e estão deles
dependentes.
6 - O M.C..P.C. defende um novo princípio
humanista e universalista e condena todas as formas de Capitalismo existentes
estabelecendo nesse mesmo Princípio Humanista e Universalista de que todo o cidadão é efetivamente um cidadão do
mundo que procura valorizar-se intelectual e espiritualmente, não para o seu
benefício egoístico individual na procura incessante do “lucro” mas sim
considerando-se parte integrante num todo e que trabalha para o benefício desse
mesmo todo!
7 - O M.C.P.C. não favorece a existência do Capitalismo que
na sua avidez desenfreada da obtenção lucro considerando que todos os seus
agentes e sem distinções são indivíduos perturbados e consequentemente doentes
carecendo de um tratamento clínico adequado para corrigir e curar o seu estado
mental e moral e a esses mesmos agentes prevaricadores ser-lhes-á retiradas
todas as responsabilidades cívicas e conduzidos para um “retiro ou escola de
esclarecimento”” onde se irão submeter a uma reflexão profunda sobre a natureza
e consequência dos seus atos condenáveis praticados enquanto inseridos na
respetivas comunidades, nações ou países.
8 - O M.C.P.C. Defende a VERDADE e essa VERDADE
passa pelo conhecimento que cada cidadão tem de si mesmo sobre a sua realidade
física, psíquica e espiritual e dispondo de um conhecimento objetivo sobre as
realidades sérias da Vida, assumindo plena responsabilidade na sua condição de
cidadão perante a comunidade a que pertence.
9 - O M.C.P.C. Nos seus princípios doutrinários
esclarece que efetivamente a presença e a existência de cada cidadão no seio da
sociedade não lhe vai permitir assumir atos que venham a contrariar e em
conformidade com as leis vigentes no seu país e especialmente com as leis
naturais estabelecidas para a harmonia da existência e convivência humanas.
10 - O M.C.P.C. dentro do princípio da VERDADE,
pretende esclarecer e orientar cada cidadão sobre a melhor forma de respeitar
essa mesma VERDADE procurando através do trabalho digno e objetivo do
estudo e do raciocínio corrigir as suas imperfeições e maus hábitos e tendo
sempre como objetivo fundamental o seu próprio progresso material e a conquista
progressiva de uma maior espiritualidade!
11 - O M.C.P.C. defende igualmente o princípio da EVOLUÇÃO como
base essencial para o desenvolvimento social, intelectual e moral de cada
cidadão e da respetiva comunidade a que pertence;
12 - O M.C.P.C. no plano político, advoga a defesa
do desenvolvimento de uma nova política que venha a dar no presente e no futuro
diferentes perspetivas em termos de vivência social e como tal está o M.C.P.C.
vivamente interessado na implementação e desenvolvimento da DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, onde qualquer cidadão no
pleno uso dos seus direitos e deveres assumirá novas responsabilidades sociais
perante a sua comunidade e embora a DEMOCRACIA REPRESENTATIVA em
termos constitucionais continuará a ter a sua importância, será no entanto, a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA que virá a
deter maiores responsabilidades e poder interventivo, consubstanciado,
principalmente na figura jurídica e constitucional do REFERENDO!
13 - Igualmente a Constituição da República Portuguesa, irá
conferir maiores poderes interventivos através da DEMOCRACIA PARTICIPATIVA,
tendo como instrumento fundamental a COOPERAÇÃO e o COOPERATIVISMO e a
doutrina a implementar e a desenvolver será a DOUTRINA DA CIDADANIA SOCIAL,
onde diversos componentes a irão formar, tais como: - científico/
espiritualistas; histórico/culturais e político/ económicos;
14 - Na perspetiva da Doutrina da Cidadania Social, o Capital
e a Riqueza; o Dinheiro e o Lucro deixarão de ter a sua
tradicional conceituação para darem lugar a inovadores cenários socioeconómicos
e aos quais estarão indissoluvelmente ligadas a Espiritualidade; a
Solidariedade; a Cooperação e a Sobriedade, bases da formação cívica do
cidadão.
15 - O M.C.P.C.
reconhece e defende a enorme importância representada pelas gerações menos
jovens, as gerações com cabelos grisalhos que nas novas sociedades de Século
XXI irão ter uma ação determinante na futura evolução espiritual do ser humano
na nova ordem social e económica no mundo!
16 - A realidade humana apenas não poderá estar limitada à
simples existência física e sim estendendo-se essa mesma existência física a
outros planos de ordem existencial que a própria Ciência e as tecnologias já
existentes o revelam e poderão dar-lhes avançados conteúdos em termos de
existência humana!
17 - O M.C.P.C. defende intransigentemente uma
sociedade mais justa, humanizada e virada para o progresso social, intelectual
e espiritual do ser humano, onde a exploração do homem pelo homem deixará de
existir e o princípio da COOPERAÇÃO, será sempre uma realidade
permanente e operando nas diferentes atividades do cidadão;
18 - A Doutrina Cooperativista será sempre uma
constante na vida das empresas e dos cidadãos, condutora para uma nova
sociedade onde o TRABALHO e os RENDIMENTOS sejam repartidos de
modo a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de CIDADANIA!
19 - O M.C.P.C. defende uma nova ideologia consubstanciada na Doutrina
da Cidadania Social, cujo ideário passa pela aplicação prática e teórica
da Filosofia Cooperativista. A atual crise do Capitalismo
parece cada vez menos episódica e cada vez mais profunda e a maré de
dificuldades está presentemente a envolver a nível mundial todo o sistema
capitalista e sendo patente uma crise nos modelos do socialismo burocrático de
Estado e verificando-se igualmente quebra na credibilidade da gestão da
social-democracia. De facto já são visíveis importantes bloqueamentos
económicos e sociais nos países mais desenvolvidos, atingindo a miséria países
em vias de desenvolvimento, significando um quotidiano dramático para milhões
de pessoas e numa angústia cada vez mais crescente para Humanidade inteira!
20
- O M.C.P.C. reconhece que no
Sindicalismo Português no presente
tem urgente necessidade em imprimir uma nova dinâmica face ao desenvolvimento
social, económico e político dos tempos atuais e essa mesma dinâmica passa pela
aplicação prática da doutrina cooperativista! Podemos afirmar que na realidade
o verdadeiro motor da economia está no Trabalhador que tem nas suas mãos o
verdadeiro poder económico face ao seu conhecimento, experiência e força de
trabalho e daí a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização
emancipadora agora no Século XXI pela via do cooperativismo e que já liberto da
“ganância do lucro” poderá o trabalhador vir a construir novas condições de vida,
de progresso e estabilidade e onde a Economia Social virá a ser uma sólida
realidade! Assim, o Movimento Sindicalista Português deverá chamar a si uma
inovadora estratégia gerando condições para uma mais completa formação
pedagógica, técnica e tecnológica dando ao povo trabalhador a possibilidade de
constituir as suas próprias empresas cooperativas e daí conseguir-se a desejada
independência, libertando-se definitivamente da exploração do capitalismo
retrógrado e ganancioso e aqui surge a necessidade da inovação do sindicalismo
português, assumindo este uma nova dinâmica a que denominaríamos de
Sindicalismo Cooperativo.
21 - Eis, pois, uma boa razão para que o M.C.P.C. venha
a avançar com uma nova IDEOLOGIA, contende elementos de diferentes
origens, tais como: - culturais-históricos; político-económicos e científicos-espiritualistas,
cujas origens e naturezas serão essencialmente de raiz lusitana!
22 - Uma nova ideologia que irá desenvolver novas perspetivas que venham a
dar lastro a um novo tipo de sociedade que liberta de todos os tabus políticos,
religiosos e económicos, venha a ser merecedora de um novo futuro onde a SOBRIEDADE;
a COOPERAÇÃO; a SOLIDARIEDADE e a ESPIRITUALIDADE sejam fatores dominantes
e fundamentados em conhecimentos científicos, tecnológicos e espiritualistas
avançados, dando à Humanidade do Século XXI, uma nova forma de vivência e de
realizações sociais;
23 - Efetivamente o M.C.P.C. pretende e com base na Doutrina
da Cidadania Social, vir a elaborar e a desenvolver um PROJECTO
COOPERATIVO, INOVADOR E PATRIÓTICO que venha a permitir ao povo
português poder traçar um novo rumo para o seu FUTURO!
Pela Verdade e Evolução!
O NOVO PARTIDO POLÍTICO
O “PCCIP”
O “PCCIP”
O
PCCIP – Partido Cooperante, Cooperativo e Inovador Português é uma figura simbólica que pela sua geometria representa
efetivamente os opostos de uma dada ideologia filosófica/política sempre
presente ao longo de milhares de anos na História da Humanidade. Na verdade
representa e em termos semânticos os extremos dessa mesma ideologia filosófica
traduzindo-se em conceitos ligados a diferentes binómios, tais como:
escravos/senhores; nobreza/ gleba, trabalho/capital ou ainda as diferentes
esquerdas/direitas de políticas partidárias! Finalmente o símbolo “PCCIP” na
sua tradução literal é: - Partido Cooperante, Cooperativo e Inovador
Português – PCCIP.
O
idoso, ou sejam as gerações mais idosas, a chamada terceira idade, representam
na verdade a última e mais importante fase da vida humana que na realidade é o
somatório de todo o conhecimento e experiências humanas acumuladas durante uma
vida física. As pessoas mais idosas atingiram o máximo desenvolvimento mental
sustentado por uma mais desenvolvida espiritualidade, o que os tornam mais
aptos na utilização da sua capacidade mental utilizando a ação e força do
pensamento consciente e devidamente direcionado para ações de elevado valor
moral, intelectual e espiritual.
Na
verdade vão ser as gerações menos jovens que irão estabelecer de forma mais
eficiente a ligação com as entidades superiores espirituais que habitam as
dimensões mais avançadas da vida universal que observam e supervisionam a
humanidade do planeta Terra.
De
facto o desenvolvimento e aprofundamento da democracia participativa e quando o
cidadão comum estiver preparado e consciente dos seus deveres, ele saberá
praticar uma nova forma de cidadania, onde o capitalismo selvagem e a
exploração desenfreada dos recursos naturais e dos próprios seres humanos que
na sua situação de pobreza e maior dependência já não tiverem lugar e as
conhecidas e decadentes correntes ideológicas derem lugar a uma nova sociedade
onde princípios como a Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e
Espiritualidade serão uma realidade consistente nas novas sociedades
humanas e verdadeiramente irão dar origem a uma nova ordem política, económica
e social e tendo como base o cultivo e a prática real da espiritualidade daí
irá nascer uma Nova Teoria Política que o PCCIP – Partido
Cooperante, Cooperativo e Inovador Português irá
transmitir à Humanidade que na verdade será a Doutrina do Quinto Império
defendida pelo Padre António Vieira; Fernando Pessoa; Agostinho da Silva
e por outros ilustres Portugueses que vieram ao longo da História de Portugal
sempre a defender e sendo a Doutrina do Quinto Império na
realidade uma doutrina verdadeiramente Lusófona.
“Deus
Escreve Direito por Linhas Tortas”
fundamentando-se numa nova conceituação cooperante e cooperativista para
a Lusofonia e porquê? Porque ao analisarmos a já longa história do Povo
Português verificamos que a necessidade de sobrevivência dos Portugueses tem
vindo a ser sempre uma constante na vida deste povo secular.
A
necessidade de expansão do Condado Portucalense, iniciado pelo Conde D.
Henrique e prosseguido e consolidado pelo seu filho D. Afonso
Henriques, veio definitivamente a definir as fronteiras naturais,
geográficas e politicas de Portugal. Tratando-se de um povo bloqueado pela
imensidão oceânica do Atlântico e pela poderosa barreira representada pelos
territórios de Castela, tinha naturalmente de lutar face `as necessidades de
sobrevivência territorial procurando expandir-se através do imenso e
desconhecido mar atlântico.
Uma vez que a conquista de Marrocos lhe foi vedada em 1578, na famosa batalha dos Três Reis – em Alcácer-Quibir
.
Na
verdade é com o nosso Rei D. Dinis que começa a ser
delineado um projeto de expansão marítima que iria permitir ao povo português
poder sobreviver movido por uma ingente necessidade, sendo na verdade que
graças à imposição da necessidade dramática e dai surgindo uma poderosa e
esmagadora força obrigando os Portugueses a um enorme esforço de vontade,
sacrifício, sofrimento, abnegação e inteligência a descobrir novos mundos para
o mundo e dai, efetivamente começou a surgir a origem da Lusofonia.
Tem
sido sempre a necessidade imperiosa de sobrevivência dos Portugueses que ao
longo da sua Historia, os tem vindo a levar a tomar diferentes iniciativas,
como por exemplo: as sempre crescentes emigrações param diferentes partes do
mundo, levando conhecimentos, capacidade de trabalho e de iniciativa indo
beneficiar os diferentes povos situados na África, Ásia, Américas e na própria
Europa.
Tal
como em séculos anteriores, ciclicamente o povo português, mais uma vez está
emigrando de uma forma quase maciça, somando ou alcançando um número cada vez
maior de pessoas que deixam o país. A atual crise que assola Portugal tem
estado a levar a um sucessivo empobrecimento que na nossa opinião trata-se de
uma ação planeada pelo atual governo de maioria neoliberal, que obedecendo a um
plano previamente estabelecido por si numa clara perspetiva de mudança
ideológica, sustentado e orientado pelo atual poder vigente em Bruxelas,
caracterizado por uma ideologia neoliberal, de natureza economicista, fria e
implacável perfeitamente enquadrada nos planos de um capitalismo desumano,
insensível e selvagem, apenas visando o lucro para satisfação de uma minoria de
seres humanos exploradores e portadores do grande capital representado pelos
mercados financeiros especulativos e tendo como sua policia as agencias de
notação;
O
atual poder político que governa Portugal, formado por uma tríade, onde o
Presidente da Republica; o Primeiro-ministro e o Vice-Primeiro Ministro são o
rosto português do verdadeiro poder dominante em Bruxelas.
De
uma forma histórica poderemos comparar essa mesma tríade portuguesa, repartida
pelas respetivas entidades que a compõe aos exemplos de um Napoleão Bonaparte,
em França ou de um Hitler na Alemanha, como sendo detonadores psíquicos que no
seu contexto próprio vieram a alterar dramaticamente a evolução própria dos
diferentes povos e de entre eles, o português.
Perante
este circunstancialismo que está envolvendo de forma dramática o povo português
e face a esse mesmo circunstancialismo gerador de miséria, de fome, desemprego
de milhares e de milhares de cidadãos quer mais jovens e ou menos jovens
levando-os como único recurso a emigrar, procurando novos países onde venham a
recuperar a esperança perdida, emigrando para as antigas colónias africanas,
Américas, Ásia e Europa indo enriquecer aqueles diferentes países e
empobrecendo o seu próprio pais, enfraquecendo-o e despovoando-o e dai poder
resultar uma possível extinção de Portugal como nação soberana e independente!
Nada
de novo foi inventado e o ser humano de forma sábia e consciente compreende e
segue de forma racional e progressiva as lições e os exemplos extraordinários
que a Natureza através das suas leis tem vindo a imprimir desde a formação do
planeta e dessa mesma ação surgiu a manifestação multi-diferenciada da vida
orgânica e inorgânica na Terra.
No caso específico do ser humano ao nascer
neste mundo físico vai naturalmente ser submetido a uma iniciação adequada à
sua formação e desenvolvimento estando então sujeito às quatro fases vivenciais
que compreendem em sentido evolutivo a infância; a juventude; a
maturidade e finalmente a velhice, o que surpreendentemente poderemos
comparar na respetiva ordem natural à Primavera; ao Verão; ao Outono e ao
Inverno!
Todas
as fases da iniciação por que passam os seres humanos compreendem sempre a sua
formação global e o seu desenvolvimento que vai contemplar diferentes campos
evolutivos, tais como: o somático, o psíquico e o espiritual. Na realidade e no
que se refere à nova figura institucional do futuro Partido Político igualmente
poderemos considerar que o respetivo militante irá ter uma iniciação em
conformidade com a natureza e estruturas ideológicas do referido Partido,
passando por uma fase de formação cívica; política e de militância.
Conforme
afirmámos inicialmente e no campo cívico/moral o iniciado militante deve
assimilar e praticar os quatro princípios básicos já referidos que são
exatamente – a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e finalmente a
Espiritualidade, sendo este último princípio correspondente ao Inverno
da vida do ser humano – estação onde aquele atinge a plenitude do seu
desenvolvimento intelectual e espiritual.
Eis,
pois uma boa conclusão ao seguirmos o exemplo da Mãe Natureza, aplicando a
mesma orientação seguida por aquela num novo modelo ou figura institucional de
um dado partido político, indo buscar a história; a cultura do respetivo país,
inspirando-se no caso de Portugal nas suas históricas e nobres Ordens
Religiosas Militares, restaurando mesmo o espírito da Ordem de Cristo e
insuflando-o nas mentes jovens portuguesas, desenvolvendo o amor-pátrio e
mobilizando-as numa causa superior da Nação como objetivo máxi Assim,
poderemos concluir e relativamente aos militantes do novo Partido Político,
aqueles poderiam ser divididos em diferentes classes de desenvolvimento
militante que passariam pelas seguintes fases:
1-
militante iniciado;
2-
militante estagiário;
3-
militante efetivo;
4-
militante conselheiro.
mo
e conducente ao desenvolvimento material e espiritual de Portugal e nessas
mesmas bases desenvolver então um projeto de Lusofonia
integralmente virado para a cooperação e solidariedade com todos os países que
falam a língua portuguesa e daí dando razão ao grande poeta Fernando
Pessoa que afirmava que “ A minha Pátria é a Língua
Portuguesa."
De
facto, nós Portugueses dispomos de material riquíssimo que nos poderá permitir
desenvolver uma nova perspetiva de vida, partindo de novas premissas completamente
soltas, livres de cansadas ideologias ortodoxas, onde poderemos optar por uma
nova economia de autos-sustentação em que a importância do “lucro” passa a um
plano inferior substituído por novos ideais de vivência e desenvolvimento
sociais onde princípios como a Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e a
Espiritualidade serão os pilares fundamentais de uma nova ordem social,
política e económica fundamentada em princípios cooperantes e cooperativos
baseados no conhecimento de um espiritualismo cientificamente avançado iremos
alargar a nossa compreensão do Universo na importante busca de conhecê-lo e
sobretudo de nos conhecermos a nós próprios como entidade vivas, inteligentes e
formadas por corpo e espírito, buscando, assim conhecer finalmente a verdadeira
razão da nossa origem e o porquê da nossa existência no contexto
universal onde são uma realidade transcendente a transformação da Matéria e a
evolução da Força!
Jacinto Alves, membro fundador da ACPC – Academia do Conhecimento Portus Cale e escritor e ensaísta e autor dos livros - "Operação: Quinto Império" (Editora Ecopy); "Ensaio Sobre a Doutrin a do Quinto Império" (Chiado Editora; "Os Arquitetos do Universo - História do Homem Futuro"(Em preparação).