sábado, 31 de outubro de 2015


                PRIMEIRO MANIFESTO CÍVICO

                                                                        

                             CIDADE DO PORTO,   Ano de 2015 –
 


ÍNDICE

DOCUMENTO BÁSICO:

 

Doutrina da Cidadania Social

1ª. Parte: - Traços Gerais.

2ª. Parte: - Princípios Estatutários.

 

 

Fundadores

E Organizadores:

 

Jacinto Alves - São João da Madeira – jjdiabinho@sapo.pt

Ângelo Ferreira da Silva – Recife/Brasil a.f.silva@globo.com

 Joaquim Paulo Silva  -   joaquimpsilva230@gmail.com    

 

                        

                                       DOCUMENTO BÁSICO

 

                                             A Cidadania Social

                                   A Doutrina do Quinto Império

 

                                                TRAÇOS GERAIS

 

 

A História tem-nos ensinado que regra geral a conquista do “poder” tem sido feita pela força das armas e, quando na ausência destas pela ação subversiva. Agora, a nova arma da conquista daquele mesmo poder chama-se Economia e Finanças e é através dele que os poderosos deste mundo pretendem manter e conquistar novos domínios, impondo-se e explorando todos aqueles que lhes sejam mais fracos, sejam pessoas, instituições ou países e na atualidade esse poder materializa-se nos “mercados financeiros” representados pelas chamadas “agências de notação financeira”. De facto é através destes mesmas agências que os especuladores financeiros procuram estabelecer o seu domínio!

 

A Humanidade tem necessidade urgente de se fazer representar por líderes e governantes que sejam ativos, empreendedores e enérgicos na defesa dos interesses sociais e económicos das populações que governam, mas infelizmente essas mesmas entidades estão escasseando e os que estão no poder mostrando-se esquivos, hesitantes e pouco esclarecidos e com falta de vontade de lutar contra o domínio especulativo crescente que se vai irradiando, principalmente por intermédio das chamadas empresas ou grupos multinacionais que começam a cobrir a superfície terrestre e estendendo tais como um polvo os seus ávidos tentáculos sugando a riqueza das nações!

 

Agora no Século XXI, o combate a travar contra os gananciosos, diríamos antes: contra os quatro cavaleiros bíblicos do Apocalipse da era atual que são os negociantes de armas; os agentes do terrorismo; os traficantes de drogas e finalmente os mais perniciosos e subtis de todos – os especuladores financeiros!

 

Ora! Se atualmente a grande ambição humana está na sua vivência material, sendo consequentemente os valores materiais que predominam surgindo como um autêntico deus o chamado vil metal (o ouro) que por sua vez se irá transformar num novo deus,

O deus dinheiro, sendo efetivamente a conquista do poder, do prestígio e da riqueza e no mando que a maioria dos dirigentes (daqueles que são efetivamente os responsáveis pela vida e destino de milhões e milhões de seres humanos, orientando toda a sua atenção e esforços para o reforço crescente do materialismo reinante nas sociedades atuais, nomeadamente na Europa, principal impulsionadora da civilização no mundo, mas geradora de duas correntes do mesmo materialismo que são: - o capitalismo e o comunismo!

 

No plano científico/espiritualista está hoje já comprovado de que A MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA e que a VIDA EXISTE FORA DA MATÉRIA! Sabemos que tal realidade pode ser comprovada cientificamente e que a Humanidade é observada por um número incontável de entidades que na Terra já viveram em corpo físico. Na realidade o planeta Terra detém duas humanidades, mas o que é mais surpreendente e lamentável é que uma humanidade desconhece a existência da outra!

 

O ser humano passa por sucessivas transformações na matéria orgânica de que é formado o seu corpo físico e por evoluções por parte da outra componente que é o espírito ou alma.

 

Enquanto o ser humano não se conhecer na sua composição física, psíquica e espiritual de forma ávida e incansável estará na sua curta existência física a correr atrás das riquezas, dos gozos e dos faustos que a ilusão da matéria lhe vai proporcionando, mas quando se dá o desenlace com o fenómeno chamado morte tudo fica na Terra, riquezas, poder, prestigio levando apenas consigo os seus atributos espirituais que foi desenvolvendo ao longo de sucessivas reencarnações!


É nesta escola que é o mundo Terra que temos a oportunidade de desenvolver esses mesmos atributos que são: - a força de vontade, a disciplina, a capacidade de reflexão, o amor, a amizade, a honestidade, o valor moral, o trabalho, a solidariedade e tantas outras capacidades ou qualidades da alma humana!

 

O nosso grande Luiz de Camões tinha o conhecimento intuitivo da realidade de que a morte não interrompe a VIDA e revela-se nos Lusíadas – Canto I – 2 que transcrevemos:



                      E também as memórias gloriosas

                         Daqueles Reis, que foram dilatando

                         A fé, o Império, e as terras viciosas

                         De África e de Ásia andaram devastando;

 

                                                      E aqueles, que por obras valerosas

                                                      Se vão da lei da morte libertando,

                                                      Cantando espalharei por toda parte,

                                                      Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

 

O ilustre Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, no seu interessante livro - “ Portugal – Ensaio contra a Autoflagelação, a dado trecho nos diz:

 

. Segundo a redução do bem-estar ao bem-estar material, baseado no consumo de bens disponíveis no mercado, deixa de lado muitas dimensões da vida (a espiritualidade, o cuidado, a solidariedade, os valores éticos) essenciais ao florescimento humano. Soa hoje menos absurda ou exótica a iniciativa de pequeno país budista entalado nos Himalaias, Butão, que, em 1972, decidiu criar UM ÍNDICE DE FELICIDADE INTERNA BRUTA (por analogia com o Produto Interno Bruto) para medir o desenvolvimento humano com base nos valores da sua cultura. “

 

Nos países de grande desenvolvimento tecnológico no Ocidente, a filosofia social do bem-estar do indivíduo tem vindo rapidamente a decair, isto devido ao sistemático e progressivo aumento do referido desenvolvimento tragicamente acompanhado por uma crescente degradação dos verdadeiros valores morais, históricos e culturais que definem e formam uma nação na sua célula mais representativa que é a Família!

 

O materialismo grassa de uma forma assustadora levando o ser humano a uma voraz procura do consumismo crescentemente incentivado pelas mais avançadas técnicas de publicidade fortemente apoiadas pelos diferentes e diversos agrupamentos e interesses económicos!

 

 

Pergunta-se: - Como sair desta situação? Efetivamente o Professor Boaventura de Sousa Santos, na sua já citada obra, avança com interessantes soluções, dignas de serem estudadas porque elas apontam para perspetivas completamente novas, onde conceitos como: - Democratizar a Democracia; Descolonizar e desmercadorizar são princípios absolutamente válidos para uma reflexão e desenvolvimento profundos.
 

O pensamento do Professor Boaventura Santos está perfeitamente em consonância com os conhecimentos espiritualistas mais avançados que apontam para realidade espiritual do ser humano e que justificam plenamente uma alteração drástica perante os grandes, graves e dramáticos problemas quando nos referimos às consequências originadas pelas economias consumistas que estão delapidando rapidamente os recursos naturais do planeta que são limitados e que a espécie humana está consumindo, daí a plena justificação de uma Acão ecológica a nível global que urgentemente terá de ser implementada!

 

Com base nos princípios desenvolvidos pelo já citado e ilustre investigador Boaventura de Sousa Santos, as democracias quer a representativa quer a participativa terão que vir a ter uma Acão mutuamente conjugada e tendo como sustentação os princípios representados pelo Humanismo e pelo Universalismo que dando origem a uma nova ideologia materializada numa doutrina reforçada com fundamentos da filosofia cooperativista de António Sérgio, poderão servir de fonte de inspiração para um mais amplo desenvolvimento do conceito de cidadania que

 numa composição de alquimia semântica nos poderá levar a uma nova fórmula de CIDADANIA SOCIAL, onde os tradicionais partidos políticos perdem grande parte da sua expressão dando lugar a um novo estatuto em que o cidadão comum assumirá uma maior e mais direta responsabilidade social, caracterizando-se e distinguindo-se pelos seus atributos que são: -

 

1 - A Força de Vontade;

2 - A Consciência de si mesmo;

3 - A Capacidade de percepção;

4 - O Poder do Raciocínio;

5 - A Faculdade de Concepção;

6 - O Equilíbrio Mental;

7 - A Lógica;

8 - O Domínio de si mesmo;

9 - A Sensibilidade;

10 - A firmeza de Carácter

 

São estes, pois, os atributos do cidadão, atributos que serão desenvolvidos ao longo das suas sucessivas reencarnações em corpo físico na aprendizagem nesta Escola a que chamamos planeta Terra, contudo, tal aprendizagem terá as suas bases através da Educação dos Jovens, mas para isso torna-se absolutamente necessário que a célula chamada FAMÍLIA, se mantenha sempre íntegra na sua grande missão em formar espíritos que no futuro virão a ser homens e mulheres de grande valor social, intelectual e espiritual dando origem à formação de uma nova sociedade, onde o factor espiritualidade será sempre uma expressão comum!

 

Surge a necessidade premente de em Portugal ser criada de uma nova doutrina de cariz ideológico que envolva simultaneamente princípios político/económicos de base espiritualista, onde o factor cidadania assume uma importância relevante e nomeadamente no que toca a uma nova divisão da sociedade que passaria pelo seguinte enquadramento social: -

 

1 - Cidadãos Infantes;

2 - Cidadãos Estudantes;

3 - Cidadãos Obreiros;

4 - Cidadãos Conselheiros.

 

Em conformidade com os princípios desenvolvidos pelo ilustre investigador francês,  Henri Durville, autor do interessante livro - “A Ciência Secreta” 1926 – Editora Pensamento, referia-se aos ciclos de vida do ser humano que são: a infância; a juventude; a maturidade e a velhice que por sua vez correspondem às quatro estações do ano – Primavera; Verão; Outono e Inverno!

 

Será importante aqui salientar a enorme importância que as gerações representadas pelas pessoas idosas a que nós achámos por bem designar – Os Cidadãos Conselheiros – o 4º. Ciclo da vida humana – a velhice e que corresponde ao Inverno, irá ter nas futuras sociedades do Século XXI, envolvendo uma Acão verdadeiramente determinante para a futura evolução do ser humano no planeta Terra!

                                                                                                                                                            

Agora, no Século XXI, já dispomos de conhecimentos de base científica que nos vão permitir ter uma compreensão mais consciente do mecanismo das leis naturais e que nós seres humanos no plano físico devemos procurar um maior equilíbrio do nosso relacionamento com a Natureza, sendo portanto, certo fazermos uma comparação entre as estações do ano e os ciclos de vida do ser humano! Certamente que é e será sempre através do estudo e do raciocínio que intelectual e intuitivamente iremos alcançar uma maior evolução e portanto um conhecimento mais lúcido e direto do porquê da nossa existência como seres vivos e da relação que temos com o próprio Universo!

 

Naturalmente que na Doutrina da Cidadania Social, serão pesquisados e desenvolvidos novos conceitos de ordem científica que irão permitir ao cidadão conforme já afirmámos de prosseguir no seu próprio desenvolvimento social, intelectual e espiritual, desenvolvimento esse que irá contribuir de forma substancial para que seja possível formar uma sociedade mais avançada, feliz em perfeita consonância com as leis naturais e consequentemente respeitando a própria Ação da Evolução Universal que a todos assiste e rege!

 

Em termos teóricos quando se deu a explosão primordial do “Big Bang”, uma fabulosa energia se expandiu onde as forças centrípetas e centrífugas universais ficaram presentes e atuantes e assim e no tempo de Isaac Newton, a metáfora para o Universo era de um relógio. O Universo seria um mecanismo imenso com rodas dentadas e nele se impunham leis imutáveis. Era o determinismo absoluto; entretanto, Darwin veio a alterar tudo com a sua investigação sobre a “Origem das Espécies”. A metáfora de Charles Darwin era exatamente a oposta! Não havia “determinismo”, sendo tudo acaso e seleção natural. Entretanto a Mecânica Quântica veio reforçar o papel do acaso e por isso mesmo Albert Einstein não gostava dela! Aparentemente esta crucial questão poderia ser posta na seguinte forma: - Uma nova metáfora poderia ser produzida, sendo descrita como: - “ um processo universal criativo” e assim sendo todo o Universo está em evolução! Vejamos, uma simples e pequena bolota é a base do nascimento de um carvalho que de forma determinada vai dar origem a uma gigantesca árvore que poderá atingir os mil anos ou mais de existência. Trata-se efetivamente de um processo criativo e assim e comparativamente todo o Universo está em evolução, assumindo em termos de futuro formas já determinadas, tal como a bolota do castanheiro, sendo que as próprias leis físicas que regem o Universo evoluem dentro daquela estrutura criativa e expansiva e aqui as leis que assistem os movimentos centrípeto e centrífugo universais atuam de forma determinada dando origem a leis que não são imutáveis, mas sim constantes, que na sua ação vão formando estruturas que ao desdobrarem-se criam novas estruturas ou propriedades emergentes totalmente novas, mas internamente coerentes entre si, teremos, portanto de concluir que existe efetivamente um “determinismo criativo universal que assiste o Universo na sua expansiva imensidade contido num modelo pré-embrião, tal como a bolota do carvalho que contém em si o modelo pré-configurado de uma enorme e milenar árvore que em conformidade com o tempo e o ambiente exterior vai tendo o seu crescimento mais bem-sucedido ou menos, o que nos vai levar à conclusão de que o Universo tem vindo a ter uma expansão acelerada conforme as ainda recentes descobertas científicas dos investigadores norte-americanos, laureados com o Prémio Nobel da Física em 2011 – Saul Perlmutter; Brian Schmidt e Adam Riesse!

 

Essa mesma expansão acelerada do Universo que deu origem à existência do espaço/tempo preenchido por seres e coisas e simultaneamente à constituição das múltiplas dimensões ou planos onde ocorreram manifestações de formas de vida e todas detentoras de evolução própria! Aqui poderemos concluir o seguinte: de que existe um determinismo universal, cujo modelo é pré-existente que obedece a um “processo criativo”. A palavra “processo” captura o facto de ele ser orientado no tempo, do menos para o mais complexo e a palavra “criativo” reconhece que o acaso não existe sendo possível conhecer o futuro embora este se mostre sempre com cenários dinâmicos e alternativos em função das ações e reações que no tempo presente vão ocorrendo!

A palavra “revolução” em termos semânticos não poderá corresponder à nova realidade social do Século XXI para a definição dessa nova ideologia tem de ser inventada uma nova expressão que traduza inteiramente o significado da referida ideologia – provavelmente será: -

 

                               “Revolucionar a Revolução”?

 

Revolucionar a Revolução,” significa revolucionar as consciências, sistemas, doutrinas e conceitos, pois é disso que nós Portugueses precisam, o que teria de partir do âmago de cada um de nós! Esse mesmo aprimoramento moral e intelectual seria livre, pacífico e individual vindo a ser adquirido pelo estudo, raciocínio, o trabalho produtivo para evitarmos o sofrimento quando infringimos as leis naturais que regem o Universo e assim tornarmo-nos mais esclarecidos sobre quem somos e porque existimos!

 

A vida de todo o cidadão comum é simples e para a Humanidade é preciso que sejam garantidos os direitos, obrigações e oportunidades iguais para todos com a criação de um sistema político que permita haver justiça social, onde seja possível trabalhar para a construção de um mundo mais justo e melhor para todos os seres humanos e esse mesmo sistema político poderá vir a ser desenvolvido na base filosófica do Cooperativismo do notável português que foi António Sérgio e daí poderemos vir a concluir que o verdadeiro motor da economia está fundamentalmente concentrado nos trabalhadores! 

O velho espírito coletivo lusitano que comandou as Descobertas e Expansão Marítimas no mundo terá que ser despertado e o povo português terá que refletir podendo chegar à conclusão de que as antigas, mas ainda decorrentes ideologias político/económicas estão chegando ao seu fim e a democracia tal como é conhecida e praticada tem igualmente os seus dias contados!

                                                                                                                                                                                                                                           

Algo tem que ser alterado. Portugal tem que ser libertado dos grupos de corruptos nacionais e estrangeiros que infestam o país criando situações de exploração intoleráveis e invocando falsas razões para assim poderem espoliar e esmagarem o povo trabalhador!

 

Teremos de reconhecer de que o sindicalismo português no presente tem urgente necessidade em imprimir uma nova dinâmica face ao desenvolvimento social, político e económico dos tempos atuais e essa mesma dinâmica passa pela aplicação prática da doutrina cooperativista! Podemos afirmar que na realidade o verdadeiro motor da economia fundamenta-se no trabalho e ação do trabalhador que tem nas suas mãos o verdadeiro poder económico face à sua força de trabalho, ao seu conhecimento e experiência e daí a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização emancipadora pela via do cooperativismo e que já liberto da “ganância do lucro” poderá o trabalhador vir a construir novas condições de vida, de progresso e de estabilidade e onde a economia social virá a ser uma sólida realidade! Assim, o movimento sindicalista português deverá chamar a si uma inovadora estratégia criando as necessárias condições para uma mais completa formação pedagógica, técnica e tecnológica dando ao povo trabalhador a possibilidade de formar as suas próprias empresas cooperativas e daí conseguir-se a desejada independência, libertando-o definitivamente da exploração do capitalismo retrógrado e ganancioso e daí surgir a necessidade do sindicalismo português chamar a si uma nova dinâmica inovadora `sob a sigla de um novo nome que seria – o “Sindicalismo Cooperativo”. Eis, pois uma razão fundamental que justificará plenamente uma reformulação da própria Constituição da República Portuguesa introduzindo um novo regime político onde o sector privado deverá ver reduzida a sua importância e incrementados os sectores cooperativo e público, reforçando-os como os modelos mais adequados e a seguir em favor de um verdadeiro e natural progresso e bem-estar sociais do Povo Português.

 

Conforme afirmámos inicialmente a palavra “revolução” é insuficiente para que se defina e dê base de sustentação à nova doutrina da cidadania social e que permita alcançar determinados conceitos, tais como: cooperação; ecologia; espiritualidade; disciplina; solidariedade; sobriedade; ciência; estudo; raciocínio; voluntariado; cooperativismo; reencarnação; evolução; transformação e democracia participativa que irão dispor de uma posição marcante na sociedade do futuro, contudo, outros conceitos como – economia de mercado; livre iniciativa; comercialização; produção; industrialização, etc. Serão mantidos, mas entretanto, passando por um rigoroso crivo onde os seus aspetos e consequências negativas terão que ser eliminados nomeadamente o materialismo e o consumismo que terão de dar lugar à espiritualidade e à sobriedade que serão fatores determinantes na realidade da nova ordem económica e social nas novas sociedades do Século XXI!

                                                                                                          

Na Doutrina da Cidadania Social poderemos seguir o exemplo magnífico do povo do Butão ao estabelecer-se igualmente um “índice de felicidade interno Bruto!”

 

Por outras palavras essa expressão “ Revolucionar a Revolução” dos hábitos e formas de pensar dos Portugueses terá de passar pelo desenvolvimento da democracia participativa, onde organizações administrativas e políticas designadas por - Municípios, Juntas de Freguesia e Condomínios, passando a estar presente uma nova figura – o Bairro Administrativo e assim como movimentos cívicos; comissões de trabalhadores; Sindicatos e associações culturais, desportivas; científicas e de beneficência terão que vir a ter uma maior capacidade interventiva na vida política, social e económica do povo português!

 

Consequentemente a democracia participativa terá que ter uma maior influência e ação na vida da comunidade, mas por outro lado a democracia representativa, tal como a conhecemos hoje continuará a desempenhar a sua missão dentro das competências que lhe são conferidas pela Constituição da República Portuguesa, sendo no entanto constitucionalmente adaptada à nova realidade social, onde o conceito de “lucro” irá sofrer profundas alterações face a um maior aprofundamento  e abrangência da responsabilidade social das empresas.

                                                                                                             

Sobre a Doutrina da Cidadania Social, em alguns dos seus fundamentos poderemos ir buscar ao pensamento filosófico de António Sérgio poderão ser os seguintes:

Ser estabelecida uma remuneração média e desejável para cada cidadão, mas sempre

obedecendo a princípios de  equidade e que nos altos escalões sociais a nível de governantes, dirigentes e responsáveis de empresas em qualquer sector de atividade, as altas remunerações fossem escalonadas para níveis onde a sobriedade estivesse presente e aí estaríamos perante uma extraordinária realidade, realidade essa que teria profundas implicações sociais e económicas em termos de desenvolvimento e justiça social a todos os níveis dessa futura sociedade caracterizada pela cidadania social.

                                                                                                         

A mudança de postura dos diferentes agentes económicos, dirigentes, governantes e responsáveis em geral seria medida não pela crescente capacidade de aumentarem sistematicamente os seus proventos pessoais, porque na verdade a noção de responsabilidade não implica ter direito a receber mais dinheiro, mas sim assumir-se como uma entidade verdadeiramente ativa, dedicada e responsável e defendendo uma causa comum e com capacidade de realização e validamente interveniente no

bem comum, face àquilo que representa a realidade da vida quer no plano material e nomeadamente no plano moral sempre numa perspetiva espiritualista da Doutrina da Cidadania Social no Século XXI.

  

 

Haverá uma mais expressiva responsabilização por parte de cada cidadão numa sociedade que terá características de uma verdadeira IRMANDADE respeitadora de uma orientação e disciplina coletivas, onde os fatores espiritualidade e evolução serão dominantes, naturalmente nunca se assumindo como comunidade religiosa e mística, mas sim, optando por uma forma avançada de espiritualismo humanista, universalista, sendo racional e científico e de inspiração cristã, existindo como forma nuclear no seu seio uma instituição denominada – Instituto Superior de Estudos Avançados das Ciências do Homem - ISEACH que terá como disciplinas a Espiritologia e a Educação Científica da Vontade, associadas à analise e aprofundamento da Filosofia Cooperativista de António Sérgio.

                                                                                                                                                             

Na História a experiência dela surgida ao longo dos séculos vai-nos permitir no início do Século XXI, pensar e admitir uma nova perspetiva sobre a viabilidade de um novo movimento cívico fundamentado na História de Portugal e na sua cultura filosófico/espiritualista. Tal iniciativa poderia ser comparada a uma tentativa de  restaurar a histórica Ordem de Cristo, como uma grande irmandade nacional embora sofrendo importantes alterações e obedecendo a orientações de ordem cívica, democrática, espiritualista e científica básicas e adequadas ao novo estatuto de cidadania social;  

 

 

Temos necessidade, urgente, em restaurar o “Espírito da nossa Ordem de Cristo” e conforme afirmámos, esse mesmo “espírito” deverá ser materializado num movimento cívico e patriótico onde os respetivos militantes se sintam como “soldados” na defesa do futuro da Pátria Portuguesa consubstanciado num grande projeto para o desenvolvimento presente e futuro de Portugal.

 

De facto toda a conversa que envolve o “pseudo europeísmo” e a chamada globalização mundial” na verdade apenas tem vindo a servir os interesses mesquinhos e egoísticos de alguns indivíduos ou grupos organizados situados dentro e fora do país na prossecução dos seus projetos obscuros de domínio e exploração das riquezas e recursos das nações mais fracas e deles dependentes! De facto e em relação a Portugal temos uma nova versão do “Quinto Império” para o Século XXI e aqui convém ressaltar a importância atual da “Plataforma Continental Portuguesa” evitando-se a todo o custo que a mesma se venha a transformar num novo “mapa-cor-de-rosa ”e sujeito à cobiça doutras nações!

 

 

Torna-se evidente a necessidade de nós, Portugueses passarmos a ter uma nova tomada de consciência clara e objetiva de que não só somos europeus, mas igualmente “atlânticos” e que a nossa identidade se projeta por todo o “espaço lusófono” compreendido pela Língua Portuguesa, o qual se estende por todas as pelas diferentes regiões do mundo e confirmando-se a sua realidade histórica.

                                                                                                                                                      

Os seus militantes terão por base um código de conduta cívico que irá obedecer a elevados padrões morais. Por outro lado esse mesmo Código de Conduta Cívico irá igualmente obedecer a uma metodologia pedagógica própria e com vista à correção de defeitos, e maus hábitos que regra geral estão presentes no carácter de uma pessoa ignorante ou nada esclarecida ou pouco evoluída, ajudando de forma gradual todas essas mesmas pessoas a alcançarem um novo estatuto moral e social.

 

 

Será criado um novo modelo económico/político consentâneo com os desígnios nacionais, estando o sistema de economia de mercado sujeitos a novas regras, onde o conceito do TER (lucro) virá a ter uma novo posicionamento que será equitativo valorizando-se efetivamente o conceito de COOPERAR!

 

Cooperar, significa uma mudança importante no comportamento humano em termos de relações sociais e em conformidade com o ilustre investigador, jurista e docente da Faculdade de Economia de Coimbra, Professor Rui Namorado, na sua importante e interessante obra – “Horizonte Cooperativo” – Almedina – ano 2001, passaremos a transcrever a seguinte passagem sobre a dinâmica do Cooperativismo: -

 

“. A vocação das cooperativas para serem fatores positivos do desenvolvimento social e humano revela-se especialmente em três aspetos.

 

Em primeiro lugar, o movimento cooperativo tem vindo a assumir um protagonismo crescente na defesa do equilíbrio ecológico, surgindo as cooperativas como um tipo de organização naturalmente harmonizável com os imperativos da proteção ambiental.

 

 

Em segundo lugar, as cooperativas têm-se vindo a revelar como fatores de grande importância nos processos de desenvolvimento local, quer quando está em causa o desenvolvimento rural, quer quando é de uma qualificação humana de que se trata

Por último as cooperativas dispõem de virtualidades evidentes no campo do emprego, com uma flexibilidade suficiente para comportar uma lógica nova na organização do trabalho. Uma lógica que possa tender para uma sociedade onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos, de modo, a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de cidadania”.          

 

No pensamento que tem acompanhado o desenvolvimento do MCPC na sua estrutura base ao ser-lhe introduzidos novos conceitos ou novas ideias! Numa perspetiva geoestratégica novas linhas de orientação estão sendo imprimidas e que compreenderão quatro fases de orientação, tais como:
1ª. Fase - Será o envolvimento do MCPC na defesa e orientação política dos mais de 400.000 portugueses desempregados de longa duração;

2ª. Fase - A defesa e orientação de mais de dois terços da população portuguesa encaminhando-a para um novo regime político/económico que será caracterizado pela implementação do Cooperativismo numa perspetiva generalista e compreendendo simultaneamente a dinamização do setor sindicalista, envolvendo-o numa nova dinâmica que compreenderá o sindicalismo cooperativo;

 

3ª. Fase - Realizada a experiência portuguesa, essa mesma experiência poderá ser extensiva aos países de expressão oficial portuguesa e com especial destaque os seguintes países: Angola; Cabo Verde; Moçambique; Timor.

O Brasil e Macau serão uma exceção, principalmente o Brasil onde o cooperativismo está bem implantado;

 

4ª. Fase - Assim sendo e verificado o sucesso em Portugal e nos países de expressão oficial portuguesa quanto ao cooperativismo generalista e ao sindicalismo cooperativo, poderá Portugal como nação orientadora e apoiante estender a sua ação a diferentes países no mundo que venham a solicitar a cooperação portuguesa.

                                                                                                             

Por outras palavras: - o ser humano passará a viver as duas vidas – a material e a espiritual plenamente equilibradas entre si, trabalhando em benefício da sua coletividade e valorizando-se nos planos social, intelectual e espiritual.

 

Não será a social-democracia; o socialismo democrático e muito menos o neoliberalismo passando pelo comunismo que irão vingar nessa nova ordem económica e social, realçando-se no entanto a importância na implementação de um regime de voluntariado sério e avançado e assim como na prática de um cooperativismo de inspiração sergiana, tornando possível a existência de uma via alternativa que irá dispor da seguinte base:                                                                                                                                           

Científico/Espiritualista predominante no viver de cada militante, salvaguardando-se sempre a liberdade da economia de mercado integrada num capitalismo social, onde a livre iniciativa e a criatividade terão uma missão importante a par do desenvolvimento da espiritualidade humana como elemento-chave na nova civilização do Século XXI.

   

A Doutrina da Cidadania Social, agora iniciada a sua implementação e segundo a nossa perspetiva terá de ter na sua “essência” o espírito de “cruzada”, o que na prática significará a elaboração global de um projeto de convergência de todas as forças vivas e produtivas nacionais para a viabilização de uma economia autossustentável para Portugal, onde e nomeadamente nas áreas das pescas, da agropecuária e especificamente na exploração industrial dos nossos mares terão que ser incentivadas passando pela incrementação de um turismo e valorização ecológica do ambiente português com o desenvolvimento da investigação científica, no aperfeiçoamento das nossas indústrias estratégicas!

 

 

Não será demais salientar que agora no Século XXI, o Povo Português aparentemente perdeu a sua identidade histórica, essa mesma Identidade que formou e consolidou uma nação de quase nove séculos de existência! A Doutrina da Cidadania Social procurará reencontrar essa mesma Identidade que continua presente no espírito coletivo adormecido do povo português e quem sabe se não iremos ao encontro do pensamento de Fernando Pessoa quando no seu poema – Mensagem nos diz:

 

 

                                             Quem te sagrou criou-te português.

                                             Do mar e nós em ti nos deu sinal.

                                             Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.

                                             Senhor, falta cumprir-se Portugal.

 

 

            Movimento Cívico Português para a Cooperação

 

                                              MCPC

                                Princípios Estatutários

                                                                                                                           

1 - No seu PRIMEIRO MANIFESTO CÍVICO, o Movimento Cívico Português Para a CooperaçãoMCPC, pretende divulgar e desenvolver uma nova doutrina que venha a libertar o Povo Português dos condicionalismos que diferentes doutrinas de âmbito económico/político ao longo da História da Humanidade têm vindo a limitar e a retardar a evolução de diferentes raças, culturas e países;

 

2 - Desde já o M.CP.C. abdica de todas essas doutrinas passando pelo Capitalismo e daí pelas suas diferentes vertentes, tais como: - o Liberalismo, o Neoliberalismo, a Social-Democracia e o próprio Socialismo dito de rosto humano ou democrático que no decorrer da História têm vindo a demonstrar a sua ineficácia e fracassos sociais!

 

3 - O M.C.P.C. Igualmente abdica de todas as correntes ligadas ao Marxismo, esquerda e extrema-esquerda, materializadas nos regimes comunistas e ou de raiz coletivista socialista. De igual modo abdica das correntes político/partidárias ligadas ao tradicionalismo, conservadorismo, doutrinas abrangentes de direita e extrema-direita ou a qualquer ramo religioso.

 

4 - O M.C.P.C  defende um novo regime político para Portugal reduzindo a importância da Democracia Representativa  e potenciando a Democracia Participativa ao reformular-se a Constituição e onde ficarão estabelecidos quais os sectores que deverão estar presentes nas atividades gerais dos Portugueses valorizando especificamente duas áreas: – o sector público e o sector cooperativo.

 

5 - O M.C.P.C. considera que o Capitalismo em todas as suas formas na exploração e obtenção do “lucro” é definitivamente nefasto para o cidadão comum e para o povo trabalhador sempre sujeitos ao mau arbítrio dos poderosos e das elites privilegiadas que defendem e se servem de uma falsa democracia para iludirem e explorarem à custa do sofrimento e do trabalho daqueles que para eles trabalham e estão deles dependentes.

 

6 - O M.C..P.C. defende um novo princípio humanista e universalista e condena todas as formas de Capitalismo existentes estabelecendo nesse mesmo Princípio Humanista e Universalista de que  todo o cidadão é efetivamente um cidadão do mundo que procura valorizar-se intelectual e espiritualmente, não para o seu benefício egoístico individual na procura incessante do “lucro” mas sim considerando-se parte integrante num todo e que trabalha para o benefício desse mesmo todo!

 

7 - O M.C.P.C.  não favorece a existência do Capitalismo que na sua avidez desenfreada da obtenção lucro considerando que todos os seus agentes e sem distinções são indivíduos perturbados e consequentemente doentes carecendo de um tratamento clínico adequado para corrigir e curar o seu estado mental e moral e a esses mesmos agentes prevaricadores ser-lhes-á retiradas todas as responsabilidades cívicas e conduzidos para um “retiro ou escola de esclarecimento”” onde se irão submeter a uma reflexão profunda sobre a natureza e consequência dos seus atos condenáveis praticados enquanto inseridos na respetivas comunidades, nações ou países.

 

8 - O M.C.P.C. Defende a VERDADE e essa VERDADE passa pelo conhecimento que cada cidadão tem de si mesmo sobre a sua realidade física, psíquica e espiritual e dispondo de um conhecimento objetivo sobre as realidades sérias da Vida, assumindo plena responsabilidade na sua condição de cidadão perante a comunidade a que pertence.

 

9 - O M.C.P.C. Nos seus princípios doutrinários esclarece que efetivamente a presença e a existência de cada cidadão no seio da sociedade não lhe vai permitir assumir atos que venham a contrariar e em conformidade com as leis vigentes no seu país e especialmente com as leis naturais estabelecidas para a harmonia da existência e convivência humanas.

                                                                                                                                                                                                                                                      

10 - O M.C.P.C. dentro do princípio da VERDADE, pretende esclarecer e orientar cada cidadão sobre a melhor forma de respeitar essa mesma VERDADE procurando através do trabalho digno e objetivo do estudo e do raciocínio corrigir as suas imperfeições e maus hábitos e tendo sempre como objetivo fundamental o seu próprio progresso material e a conquista progressiva de uma maior espiritualidade!

 

11 - O M.C.P.C. defende igualmente o princípio da EVOLUÇÃO como base essencial para o desenvolvimento social, intelectual e moral de cada cidadão e da respetiva comunidade a que pertence;

 

12 - O M.C.P.C. no plano político, advoga a defesa do desenvolvimento de uma nova política que venha a dar no presente e no futuro diferentes perspetivas em termos de vivência social e como tal está o M.C.P.C. vivamente interessado na implementação e desenvolvimento da DEMOCRACIA  PARTICIPATIVA, onde qualquer cidadão no pleno uso dos seus direitos e deveres assumirá novas responsabilidades sociais perante a sua comunidade e embora a DEMOCRACIA REPRESENTATIVA em termos constitucionais continuará a ter a sua importância, será  no entanto, a  DEMOCRACIA PARTICIPATIVA que virá a deter maiores responsabilidades e poder interventivo, consubstanciado, principalmente na figura jurídica e constitucional do REFERENDO!

 

13 - Igualmente a Constituição da República Portuguesa, irá conferir maiores poderes interventivos através da DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, tendo como instrumento fundamental a COOPERAÇÃO e o COOPERATIVISMO e a doutrina a implementar e a desenvolver será a DOUTRINA DA CIDADANIA SOCIAL, onde diversos componentes a irão formar, tais como: - científico/ espiritualistas; histórico/culturais e político/ económicos;

14 - Na perspetiva da Doutrina da Cidadania Social, o Capital e a Riqueza; o Dinheiro e o Lucro deixarão de ter a sua tradicional conceituação para darem lugar a inovadores cenários socioeconómicos e aos quais estarão indissoluvelmente ligadas a Espiritualidade; a Solidariedade; a Cooperação e a Sobriedade, bases da formação cívica do cidadão.

 

15 - O M.C.P.C. reconhece e defende a enorme importância representada pelas gerações menos jovens, as gerações com cabelos grisalhos que nas novas sociedades de Século XXI irão ter uma ação determinante na futura evolução espiritual do ser humano na nova ordem social e económica no mundo!

 

16 - A realidade humana apenas não poderá estar limitada à simples existência física e sim estendendo-se essa mesma existência física a outros planos de ordem existencial que a própria Ciência e as tecnologias já existentes o revelam e poderão dar-lhes avançados conteúdos em termos de existência humana!

                                                                                                                                                                                                                                                                                              

17 - O M.C.P.C. defende intransigentemente uma sociedade mais justa, humanizada e virada para o progresso social, intelectual e espiritual do ser humano, onde a exploração do homem pelo homem deixará de existir e o princípio da COOPERAÇÃO, será sempre uma realidade permanente e operando nas diferentes atividades do cidadão;

 

 

18 - A Doutrina Cooperativista será sempre uma constante na vida das empresas e dos cidadãos, condutora para uma nova sociedade onde o TRABALHO e os RENDIMENTOS sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de CIDADANIA!

 

19 - O M.C.P.C. defende uma nova ideologia consubstanciada na Doutrina da Cidadania Social, cujo ideário passa pela aplicação prática e teórica da Filosofia Cooperativista. A atual crise do Capitalismo parece cada vez menos episódica e cada vez mais profunda e a maré de dificuldades está presentemente a envolver a nível mundial todo o sistema capitalista e sendo patente uma crise nos modelos do socialismo burocrático de Estado e verificando-se igualmente quebra na credibilidade da gestão da social-democracia. De facto já são visíveis importantes bloqueamentos económicos e sociais nos países mais desenvolvidos, atingindo a miséria países em vias de desenvolvimento, significando um quotidiano dramático para milhões de pessoas e numa angústia cada vez mais crescente para Humanidade inteira!

 

20 - O M.C.P.C. reconhece que no Sindicalismo Português no presente tem urgente necessidade em imprimir uma nova dinâmica face ao desenvolvimento social, económico e político dos tempos atuais e essa mesma dinâmica passa pela aplicação prática da doutrina cooperativista! Podemos afirmar que na realidade o verdadeiro motor da economia está no Trabalhador que tem nas suas mãos o verdadeiro poder económico face ao seu conhecimento, experiência e força de trabalho e daí a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização emancipadora agora no Século XXI pela via do cooperativismo e que já liberto da “ganância do lucro” poderá o trabalhador vir a construir novas condições de vida, de progresso e estabilidade e onde a Economia Social virá a ser uma sólida realidade! Assim, o Movimento Sindicalista Português deverá chamar a si uma inovadora estratégia gerando condições para uma mais completa formação pedagógica, técnica e tecnológica dando ao povo trabalhador a possibilidade de constituir as suas próprias empresas cooperativas e daí conseguir-se a desejada independência, libertando-se definitivamente da exploração do capitalismo retrógrado e ganancioso e aqui surge a necessidade da inovação do sindicalismo português, assumindo este uma nova dinâmica a que denominaríamos de Sindicalismo Cooperativo.

 

21 - Eis, pois, uma boa razão para que o M.C.P.C. venha a avançar com uma nova IDEOLOGIA, contende elementos de diferentes origens, tais como: - culturais-históricos; político-económicos e científicos-espiritualistas, cujas origens e naturezas serão essencialmente de raiz lusitana!

 

22 - Uma nova ideologia que irá desenvolver novas perspetivas que venham a dar lastro a um novo tipo de sociedade que liberta de todos os tabus políticos, religiosos e económicos, venha a ser merecedora de um novo futuro onde a SOBRIEDADE; a COOPERAÇÃO; a SOLIDARIEDADE e a ESPIRITUALIDADE sejam fatores dominantes e fundamentados em conhecimentos científicos, tecnológicos e espiritualistas avançados, dando à Humanidade do Século XXI, uma nova forma de vivência e de realizações sociais;

 

23 - Efetivamente o M.C.P.C. pretende e com base na Doutrina da Cidadania Social, vir a elaborar e a desenvolver um PROJECTO COOPERATIVO, INOVADOR E PATRIÓTICO que venha a permitir ao povo português poder traçar um novo rumo para o seu FUTURO!

 

 

                                                                            Pela Verdade e Evolução!                                                                                                                                                                       

O NOVO PARTIDO POLÍTICO


O “PCCIP”

O PCCIP – Partido Cooperante, Cooperativo e Inovador Português é uma figura simbólica que pela sua geometria representa efetivamente os opostos de uma dada ideologia filosófica/política sempre presente ao longo de milhares de anos na História da Humanidade. Na verdade representa e em termos semânticos os extremos dessa mesma ideologia filosófica traduzindo-se em conceitos ligados a diferentes binómios, tais como: escravos/senhores; nobreza/ gleba, trabalho/capital ou ainda as diferentes esquerdas/direitas de políticas partidárias! Finalmente o símbolo “PCCIP” na sua tradução literal é: - Partido Cooperante, Cooperativo e Inovador Português – PCCIP.

 

O idoso, ou sejam as gerações mais idosas, a chamada terceira idade, representam na verdade a última e mais importante fase da vida humana que na realidade é o somatório de todo o conhecimento e experiências humanas acumuladas durante uma vida física. As pessoas mais idosas atingiram o máximo desenvolvimento mental sustentado por uma mais desenvolvida espiritualidade, o que os tornam mais aptos na utilização da sua capacidade mental utilizando a ação e força do pensamento consciente e devidamente direcionado para ações de elevado valor moral, intelectual e espiritual.

 

Na verdade vão ser as gerações menos jovens que irão estabelecer de forma mais eficiente a ligação com as entidades superiores espirituais que habitam as dimensões mais avançadas da vida universal que observam e supervisionam a humanidade do planeta Terra.

 

De facto o desenvolvimento e aprofundamento da democracia participativa e quando o cidadão comum estiver preparado e consciente dos seus deveres, ele saberá praticar uma nova forma de cidadania, onde o capitalismo selvagem e a exploração desenfreada dos recursos naturais e dos próprios seres humanos que na sua situação de pobreza e maior dependência já não tiverem lugar e as conhecidas e decadentes correntes ideológicas derem lugar a uma nova sociedade onde princípios como a Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e Espiritualidade serão uma realidade consistente nas novas sociedades humanas e verdadeiramente irão dar origem a uma nova ordem política, económica e social e tendo como base o cultivo e a prática real da espiritualidade daí irá nascer uma Nova Teoria Política que o PCCIP – Partido Cooperante, Cooperativo e Inovador Português irá transmitir à Humanidade que na verdade será a Doutrina do Quinto Império defendida pelo Padre António Vieira; Fernando Pessoa; Agostinho da Silva e por outros ilustres Portugueses que vieram ao longo da História de Portugal sempre a defender e sendo a Doutrina do Quinto Império na realidade uma doutrina verdadeiramente Lusófona.

 

 

“Deus Escreve Direito por Linhas Tortas” fundamentando-se numa nova conceituação cooperante e cooperativista para a Lusofonia e porquê? Porque ao analisarmos a já longa história do Povo Português verificamos que a necessidade de sobrevivência dos Portugueses tem vindo a ser sempre uma constante na vida deste povo secular.

 

A necessidade de expansão do Condado Portucalense, iniciado pelo Conde D. Henrique e prosseguido e consolidado pelo seu filho D. Afonso Henriques, veio definitivamente a definir as fronteiras naturais, geográficas e politicas de Portugal. Tratando-se de um povo bloqueado pela imensidão oceânica do Atlântico e pela poderosa barreira representada pelos territórios de Castela, tinha naturalmente de lutar face `as necessidades de sobrevivência territorial procurando expandir-se através do imenso e desconhecido mar atlântico.


Uma vez que a conquista de Marrocos lhe foi vedada em 1578, na famosa batalha dos Três Reis – em Alcácer-Quibir
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Na verdade é com o nosso Rei D. Dinis que começa a ser delineado um projeto de expansão marítima que iria permitir ao povo português poder sobreviver movido por uma ingente necessidade, sendo na verdade que graças à imposição da necessidade dramática e dai surgindo uma poderosa e esmagadora força obrigando os Portugueses a um enorme esforço de vontade, sacrifício, sofrimento, abnegação e inteligência a descobrir novos mundos para o mundo e dai, efetivamente começou a surgir a origem da Lusofonia.

 

Tem sido sempre a necessidade imperiosa de sobrevivência dos Portugueses que ao longo da sua Historia, os tem vindo a levar a tomar diferentes iniciativas, como por exemplo: as sempre crescentes emigrações param diferentes partes do mundo, levando conhecimentos, capacidade de trabalho e de iniciativa indo beneficiar os diferentes povos situados na África, Ásia, Américas e na própria Europa.

 

 

 

Tal como em séculos anteriores, ciclicamente o povo português, mais uma vez está emigrando de uma forma quase maciça, somando ou alcançando um número cada vez maior de pessoas que deixam o país. A atual crise que assola Portugal tem estado a levar a um sucessivo empobrecimento que na nossa opinião trata-se de uma ação planeada pelo atual governo de maioria neoliberal, que obedecendo a um plano previamente estabelecido por si numa clara perspetiva de mudança ideológica, sustentado e orientado pelo atual poder vigente em Bruxelas, caracterizado por uma ideologia neoliberal, de natureza economicista, fria e implacável perfeitamente enquadrada nos planos de um capitalismo desumano, insensível e selvagem, apenas visando o lucro para satisfação de uma minoria de seres humanos exploradores e portadores do grande capital representado pelos mercados financeiros especulativos e tendo como sua policia as agencias de notação;

 

O atual poder político que governa Portugal, formado por uma tríade, onde o Presidente da Republica; o Primeiro-ministro e o Vice-Primeiro Ministro são o rosto português do verdadeiro poder dominante em Bruxelas.

 

De uma forma histórica poderemos comparar essa mesma tríade portuguesa, repartida pelas respetivas entidades que a compõe aos exemplos de um Napoleão Bonaparte, em França ou de um Hitler na Alemanha, como sendo detonadores psíquicos que no seu contexto próprio vieram a alterar dramaticamente a evolução própria dos diferentes povos e de entre eles, o português.

 

Perante este circunstancialismo que está envolvendo de forma dramática o povo português e face a esse mesmo circunstancialismo gerador de miséria, de fome, desemprego de milhares e de milhares de cidadãos quer mais jovens e ou menos jovens levando-os como único recurso a emigrar, procurando novos países onde venham a recuperar a esperança perdida, emigrando para as antigas colónias africanas, Américas, Ásia e Europa indo enriquecer aqueles diferentes países e empobrecendo o seu próprio pais, enfraquecendo-o e despovoando-o e dai poder resultar uma possível extinção de Portugal como nação soberana e independente! 

 

Nada de novo foi inventado e o ser humano de forma sábia e consciente compreende e segue de forma racional e progressiva as lições e os exemplos extraordinários que a Natureza através das suas leis tem vindo a imprimir desde a formação do planeta e dessa mesma ação surgiu a manifestação multi-diferenciada da vida orgânica e inorgânica na Terra.

 

 

 No caso específico do ser humano ao nascer neste mundo físico vai naturalmente ser submetido a uma iniciação adequada à sua formação e desenvolvimento estando então sujeito às quatro fases vivenciais que compreendem em sentido evolutivo a infância; a juventude; a maturidade e finalmente a velhice, o que surpreendentemente poderemos comparar na respetiva ordem natural à Primavera; ao Verão; ao Outono e ao Inverno!

 

Todas as fases da iniciação por que passam os seres humanos compreendem sempre a sua formação global e o seu desenvolvimento que vai contemplar diferentes campos evolutivos, tais como: o somático, o psíquico e o espiritual. Na realidade e no que se refere à nova figura institucional do futuro Partido Político igualmente poderemos considerar que o respetivo militante irá ter uma iniciação em conformidade com a natureza e estruturas ideológicas do referido Partido, passando por uma fase de formação cívica; política e de militância.

 

Conforme afirmámos inicialmente e no campo cívico/moral o iniciado militante deve assimilar e praticar os quatro princípios básicos já referidos que são exatamente – a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e finalmente a Espiritualidade, sendo este último princípio correspondente ao Inverno da vida do ser humano – estação onde aquele atinge a plenitude do seu desenvolvimento intelectual e espiritual.

 

Eis, pois uma boa conclusão ao seguirmos o exemplo da Mãe Natureza, aplicando a mesma orientação seguida por aquela num novo modelo ou figura institucional de um dado partido político, indo buscar a história; a cultura do respetivo país, inspirando-se no caso de Portugal nas suas históricas e nobres Ordens Religiosas Militares, restaurando mesmo o espírito da Ordem de Cristo e insuflando-o nas mentes jovens portuguesas, desenvolvendo o amor-pátrio e mobilizando-as numa causa superior da Nação como objetivo máxi Assim, poderemos concluir e relativamente aos militantes do novo Partido Político, aqueles poderiam ser divididos em diferentes classes de desenvolvimento militante que passariam pelas seguintes fases:

 

1-      militante iniciado;

2-      militante estagiário;

3-      militante efetivo;

4-      militante conselheiro.

 

mo e conducente ao desenvolvimento material e espiritual de Portugal e nessas mesmas bases desenvolver então um projeto de Lusofonia integralmente virado para a cooperação e solidariedade com todos os países que falam a língua portuguesa e daí dando razão ao grande poeta Fernando Pessoa que afirmava que “ A minha Pátria é a Língua Portuguesa."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De facto, nós Portugueses dispomos de material riquíssimo que nos poderá permitir desenvolver uma nova perspetiva de vida, partindo de novas premissas completamente soltas, livres de cansadas ideologias ortodoxas, onde poderemos optar por uma nova economia de autos-sustentação em que a importância do “lucro” passa a um plano inferior substituído por novos ideais de vivência e desenvolvimento sociais onde princípios como a Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e a Espiritualidade serão os pilares fundamentais de uma nova ordem social, política e económica fundamentada em princípios cooperantes e cooperativos baseados no conhecimento de um espiritualismo cientificamente avançado iremos alargar a nossa compreensão do Universo na importante busca de conhecê-lo e sobretudo de nos conhecermos a nós próprios como entidade vivas, inteligentes e formadas por corpo e espírito, buscando, assim conhecer finalmente a verdadeira razão da nossa origem e o porquê da nossa existência no contexto universal onde são uma realidade transcendente a transformação da Matéria e a evolução da Força!


Jacinto Alves, membro fundador da ACPC – Academia do Conhecimento Portus Cale e escritor e ensaísta e autor dos livros - "Operação: Quinto Império" (Editora Ecopy); "Ensaio Sobre a Doutrin a do Quinto Império" (Chiado Editora; "Os Arquitetos do Universo - História do Homem Futuro"(Em preparação).